Um local para escrever cartas, contar dos sentimentos, do amor, da fantasia...Um local para sonhar, conversar com a lua tendo a noite como confidente
domingo, novembro 01, 2009
Porque gosto de você
domingo, setembro 06, 2009
Os Ipes amarelos e o seu rosto
Os ipês amarelos e o teu rosto, os lilases e tua presença; O farol da barra e a lua prata mostrando o caminho, os trilhos Os navios, as estrelas, a noite morna, a musica O roçar das mãos entremeados de sorrisos disfarçados adolescentes apaixonados, olhares velados...
O perfume de alfazema no ar A lua entrando pela telha de vidro A festa e o roseiral repleto de paixão cada corola um recado, cada rosa uma promessa
O encontro furtivo, apressado A magia do tempo parado O mediterrâneo e suas casas brancas encosta ao lado...
Bolhas de sabão perfumadas abraço apertado, corpo colado Os lilases e tua presença
Os amarelos...Não, Flamboyants é que são saudades!
sexta-feira, setembro 04, 2009
Insopitável
quinta-feira, setembro 03, 2009
Brincando no Paraiso
Com gotas de orvalho fazem colares de alegria que usam no pescoço enquanto descem pelos escorregas do arco-íris e a gargalhada sonora das crianças em sua brincadeira assemelha-se a música celestial.
Os anjos param para ouvir e se ajuntam a espiar as criaturas de Deus em sua lúdica e amorosa atividade. A risada cristalina, os rostos de quem jamais perdeu o paraíso, encanta os anjos que param o tempo para melhor contemplar os meninos de Deus.
A tua elegância, meu menino, faz-me elegante como a tua beleza é, em si mesmo, o maior adorno que posso usar sobre mim, dizem os meninos um aos outros, ouvem os anjos...
Meninos de Deus tão ocupados na faina das horas, entretém-se entusiasmadamente, numa entrega tão total que as palavras se retiram sem saber exprimir o que vêem.
E nesse momento em que o teu sorriso é laço de fita a atar-me os cabelos em tranças, és só meu, fugazmente meu, menino de Deus a brincar nos jardins do pai!
quarta-feira, julho 08, 2009
Portais
sábado, julho 04, 2009
Sol da Madrugada
quinta-feira, junho 11, 2009
Suave Delírio
Dizem que a pantera, antes da atacar, emite um odor tão embriagador que sua presa fica imóvel, completamente hipnotizada, olho-no-olho, caçador e caça, não pode e não tem vontade de fugir...Siderada, espera passiva o bote fatal.
Entendo a presa da pantera negra, também eu na tua presença me sinto assim. Completamente incapaz de mover-me em outro sentido, só anseio por abrir meus lábios a receber os teus na ânsia deliciosa de uma terna fome.
Enquanto a tua língua passeia pela minha boca e a tua boca explora o meu corpo, tuas mãos tratam de não deixar espaço entre nós como a querer fundir-nos em uma única peça. Deslizo para um suave torpor, quase delírio, provocado pelo teu cheiro que penetra, profundo, nas minhas narinas, corrente sangüínea pulsante.
E minhas mãos tateiam incertas, encontrando os contornos largos, as formas masculamente belas, os teus pelos macios, a virilidade que explodirá como cem mil fogos de artifício quando chegar a hora, procurando os caminhos que me colocarão ainda mais vulnerável ao teu poder.
E esse explorar ,que conduzes com inebriantes sussurros, leva-me a fronteiras cada vez mais novas e mais desejadas, numa hipnose contínua.
Agora é tua voz que controla a cadencia, comando determinado de um ritmo único, só teu e tão meu que me assusta, enquanto teus braços – alças firmes ao meu redor - prendem-me com força progressiva.
Içada em tua direção, meu rosto se afunda no teu peito. Teu cheiro, tua força, tua posse, tudo em ti me solta de mim para projetar-nos no infinito.
Por um micro momento somos apenas energia, desprovidas de corpo, flutuando livres e tua volta faz-me ainda mais tua, mais suavemente entorpecida pela pressão da tua matéria.
Saboreio, com alegria infantil, o roçar suave do teu rosto no meu. Beijo esquimó que remete as lembranças lúdicas da infância, mas se reveste da sensualidade feminina que me despertas.
Olho-te e olhar-te é um desejo que nunca se finda, pois a cada momento mais se enchem os meus olhos da tua presença e mais espaço há para que lá repouses. Infinitamente orgulhosa de conter tua imagem em minha retina, encantas-me para que descanse na fortaleza do teu abraço...
sexta-feira, janeiro 02, 2009
Haverá uma lua de prata
Na varanda se pode observar a lua de prata que nasce das profundezas do oceano. Dispenso o banco e me acomodo sobre seus joelhos, deslizando até encaixar-me perfeitamente na envergadura do seu tronco.
Ainda sobra muito de você, acima e para os lados, além da parte que ocupo. Encosto minha cabeça no seu ombro enquanto seus braços me enlaçam deixando suas mãos repousarem sobre meu ventre.
Aspiro o perfume da noite que se confunde com o seu. Encravada no seu peito, sou menina saltitante e rebelde. Presa no seu abraço, sou mulher plena, como a lua cheia, que procura nos seus olhos a trilha a ser seguida.
A noite é bela como você. Cheia de mistérios, aromas e sabores exóticos. Fortemente delicada, a brisa movimenta nossos cabelos, confunde-os e misturando nossos odores.
Queria parar o tempo nesse exato momento em que coloco os pés no portal do paraíso. Sou Eva renascida e remida de todos os pecados não cometidos. Premiada com o máximo da realização humana, guardada no abrigo de ser somente sua.
O mar quebra delicado e suas espumas lambem modorrentas a areia da praia. Sei que a água é tépida e seu balanço suave. Sinto-me suavemente embalada. Fecho os olhos para melhor aproveitar a noite, seus ruídos, perfumes e toques.
Os primeiros raios de sol chamam-me para um novo dia e a certeza de que não está ao meu lado fere-me certeira preenchendo-me com dose infinita de saudades... Seu cheiro ainda permanece em mim!