sábado, outubro 14, 2006

Convite ...

Se quiser Tânia Mara Se quiser fugir, pra qualquer lugar que for Nem precisa me chamar, tão perto que eu estou Com esse medo de perder, não te deixa me olhar Esqueça o que passou, que tudo vai mudar Agora eu posso ser seu anjo, seus desejos sei de cor Pro bem e pro mal, você me tem não vai se sentir só Meu amor Sempre que quiser um beijo eu vou te dar Sua boca vai ter tanta sede de me domar Se quiser Sempre que quiser ir às estrelas me dê a mão Deixa eu te levar Eu penso te tocar, te falar coisas comuns E poder te amar, o amor mais incomum Não deixo o medo te impedir, de chegar perto de mim O que aconteceu ontem não vai mais repetir Me deixa então estar contigo, seus desejos sei de cor Pro bem e pro mal, você me tem não vai se sentir só Meu amor Se quiser Sempre que quiser um beijo eu vou te dar Sua boca vai ter tanta sede de me domar Se quiser Sempre que quiser ir às estrelas me dê a mão Deixa eu te levar Me deixa ser real e te ajudar a ser feliz Porque eu sou o seu fogo, tudo o que você quis Sempre que quiser um beijo eu vou te dar Sua boca vai ter tanta sede de me domar Se quiser Sempre que quiser ir às estrelas me dê a mão Deixa eu te levar

quarta-feira, outubro 11, 2006

Divagando

Parador, tishrei 5767

Encarapitado no último galho da goiabeira, o menino olha à sua volta: A mão estendida, prestes a aprisionar sua presa, é um imã para a fruta madura e reluzente ao sol do outono.

Uma ingênua malícia desenha-lhe no rosto sério um sorriso mordaz: terá a primeira fruta da estação! ...

Admiro seu dorso nu, estendo os braços e lhe envolvo pelas costas tentando abraçar toda a envergadura do seu tronco. Meus dedos deslizam pelo seu ventre num tamborilado divertido que lhe faz contrair a barriga e elevar o tórax como uma águia alçando vôo.

Encaixo o queixo no seu ombro e toda encanto faço minhas mãos moverem-se ascendentes. Passeiam pelos seus pelos macios, enrroscam-se no pescoço, desenham o contorno dos lábios mais suaves e generosos que já beijei!

Incrustada no seu ombro, escorro pelo seu corpo como fio d’água ; menina travessa, pés descalços desço suas serras, percorro suas planícies.

Meu beijo sôfrego busca sorver seu gosto no alvoroço dos sentidos e sigo percorrendo suas pernas, jônicos adereços sobre pés perfeitos.

Seu rosto em minhas retinas, suas meninas. Minhas mãos, precárias molduras para tanta beleza, transmitem ao meu corpo o seu vigor, chama ardente a incendiar-me: Sigo o comando que sua respiração exara, deslizo no vértice da inconsciência para aquietar-me exaurida e plena no seu abraço acolhedor, mas o sol do seu sorriso, ao saldar um novo dia, convida a retornar o estudo da sua geografia!