domingo, maio 20, 2007

Escultura

5 Yjar 5767

Dá-me de beber de tuas mãos

Chega-as em concha aos lábios meus

molhando-os com a terna doçura que elas guardam

Umedece minha boca com teus beijos

Sufoca-me em pétalas de rosas ardentes

Insuflando-me vida com teu desejo

Acende em mim o fogo que alimenta

Faz-me derramar em cachoeiras

Ampara-me na amplitude do teu abraço

Âncora tépida de carinho pleno

Deixa-me descansar no teu amplexo

os meus cansados pés pequenos

Derrama sobre mim a sombra benfazeja

que ao caminhante refresca o dia

pois o sol escaldante da caminhada

muitas vezes nos arrelia

Que a brisa do teu respirar me embale

voem livres os meus cabelos

possam meus olhos suavemente descansar

na harmonia grega da tua beleza

E quando finde o dia, preenchendo de dourando o horizonte

Possa eu voltar a estrada onde moram os andarilhos

e refeita a refrega retomar, guardando a suavidade no peito...